Foto: UOL educação |
1 - Quem foi pioneiro a falar de tempos verbais e de verbos?
Foto: clipart.me |
Para o autor, a forma básica do verbo tem informação do tempo presente, ao passo que as formas que transmitem informação de passado e de futuro são indicadores de tempos verbais.
Hoje em dia sabe-se que há outras formas de expressar informação de tempo e sabe-se também que a função dos verbos não é apenas essa, mas os estudos de Aristóteles foram um grande contributo para os avanços da linguística e ainda hoje são tidos como referência em alguns estudos.
2 - Quantos tempos verbais tem o português?
O português tem 19 tempos verbais*, divididos em dois modos e ainda num grupo de formas nominais (por terem propriedades em comum com os nomes). Além destes modos, ainda existe o modo Imperativo, relacionados, com ordem ou pedidos, por exemplo.
Indicativo: Presente (tenho), Pretérito Perfeito Simples (tive), Pretérito Imperfeito (tinha), Pretérito Mais-Que-Perfeito Simples (tivera), Pretérito Mais-Que-Perfeito Composto (tinha feito), Futuro Simples (terei), Futuro Composto (terei feito), Condicional (teria), Condicional Composto (teria feito)
Conjuntivo (Subjuntivo em PT BR): Presente (tenha), Imperfeito (tivesse), Pretérito Mais-Que-Perfeito (Imperfeito Composto) (tivesse feito), Futuro (tiver), Futuro Composto (tiver feito)
Formas nominais: Gerúndio (tendo), Particípio (tido), Infinitivo impessoal (ter), Infinitivo flexionado (terem)
* Mas atenção: alguns gramáticos podem discordar desta análise, porque, como se referiu acima, nem todas estas formas verbais têm informação temporal.
3 - O Presente raramente transmite tempo presente.
Estranho, não é? Mas em certas línguas, como o português e o inglês, para transmitir tempo presente usa-se a forma progressiva: estar a + infinitivo na norma padrão do português europeu; estar + gerúndio em português do Brasil (e em certas regiões de Portugal, como o Alentejo) (estou a fazer um bolo; estou fazendo um bolo). Durante esta semana vamos explicar porquê, por isso estejam atentos!
4 - O português é das raras línguas a nível mundial que tem infinitivo flexionado.
O infinitivo, em princípio, é a forma mais básica do verbo, a raiz, por assim dizer. Por isso, é geralmente impessoal e não tem flexão. Acontece que, no português, pode ter, quando é precedido de tem sujeito próprio.
Por exemplo, não podemos dizer: *É bom eles fazer exercício. Dizemos, isso sim: É bom eles fazerem exercício. (Contraste-se com a construção impessoal: É bom fazer exercício.)
5 - O Imperfeito é o tempo verbal que mais usos diferentes tem em português.
Foto: lifehacker.com |
Na verdade, raramente o Imperfeito é só um tempo do passado. Sem querer acrescentar demasiada informação por enquanto, porque também vamos falar mais disto durante a semana, o Imperfeito às vezes até é usado com um certo sentido de futuro, em frases do tipo "Amanhã ia ter contigo se pudesses" (é importante notar que o leitor só tem a certeza de que há uma leitura de futuro por causa do amanhã).
Já sabem: fiquem atentos, porque durante esta semana vamos ensinar bem mais sobre tempos verbais!